sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

E TUDO TERMINOU EM RODA DE PARTIDO ALTO ...


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Adoramos o encontro com os alunos da Faculdade Piaget em Suzano que ocorreu no dia 5 de dezembro de 2014.
A interação foi uma delícia. Durante mais de uma hora, tivemos a oportunidade de discutir os preconceitos instaurados em discursos históricos contra os negros, mas essa reflexão aconteceu na forma de música, dança, canto, dramatizações. E esse público entrou em sintonia desde o início. Tomara que nos encontremos outras vezes .


Saiu uma matéria sobre o show no diário da cidade. Veja




Outra notícia saiu também em : 


“É um grande prestígio ter a presença desse grupo na Piaget”, disse a professore Luciene Farias de Melo, coordenadora do curso de Educação Física da faculdade. 
O que eles aprenderam com esta atividade irá enriquecer, e muito, a formação profissional deles”, disse a coordenadora. A dança e a música, frisou a professora, são formas de expressão importantíssimas para a formação em Educação Física. A plateia, pelo jeito, aprendeu a lição. 
Tanto que, no fim, uma grande roda de samba se formou no auditório com a interação entre o público e os artistas. Mônica, a cantora, pediu e a plateia atendeu: dançou e entoou "Não deixe o samba morrer", canção composta por Edson Conceição e Aloísio Silva, que, gravada no ano de 1975, pela cantora Alcione, nunca mais saiu das paradas de sucesso. "



CENTRO ITALO- BRASILEIRO: UM ENCONTRO DE VIDAS E AFETOS 

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O encontro com os alunos do Centro Universitário Ítalo Brasileiro, no dia 14 de outubro de 2014, foi maravilhoso. 

Nós do Grupo Pastiche ficamos emocionados com tanta troca de afeto e principalmente com os vários testemunhos que relataram suas histórias de vida, marcadas por racismo, intolerância religiosa, lutas e uma forte resistência. Esse é o verdadeiro samba. 


E adoramos receber tantas gravações e fotos das cenas da performance. Assim, guardaremos mais lembranças desse encontro. Gratidão à Katia Vaz, Aline Nascimento, Juh Silva, Vivizinha Oliveira, Flavinha Tyler, Marcia Pituba e Alessandra Aguiar.

O show fez parte de um evento chamado Educação dos Sonhos Possíveis. Veja comentário sobre o evento e show 
"Para encerrar, com chave de ouro, o Fórum Educação dos Sonhos Possíveis, o Grupo Pastiche apresentou a aula-show “Laroyê! O que há na sincopa do samba?” Apresentação que emocionou os espectadores ao contar a história e a tradição afro-brasileira por meio de representações festivas.


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CURSO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO 

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O Pastiche conduziu um curso para estudantes do Ensino Médio acerca da prática cultural do samba e de sua relação com a identidade e cultura de matriz negra.  

O samba é um modo de afirmação dessa cultura e de resistência às diversas opressões sofridas pelos povos negros da África e seus descendentes. Saber ouvir, dançar e cantar o samba com a possibilidade de enxergar os grupos sociais participantes da sua constituição histórica e de refletir acerca das lutas que estiveram presentes durante a criação hibridizada desse produto cultural é um forma de conhecer, valorizar e de participar dessa prática social da cultura afrodescendente.

Focos do curso: (a) compreender as características da prática coletiva do samba tradicional (fim do século XIX à década de 1930) e das alterações sofridas nas décadas posteriores até o presente; (b) relacionar as características da prática do samba a algumas das influências de seus respectivos contextos históricas; (c) sensibilizar as pessoas para o atendimento desigual às diferentes identidades culturais (foco na identidade do negro, do empobrecido e da religiosidade do candomblé/ umbanda); (d) oportunizar vivências da prática do samba  de acordo com sua concepção de participação coletiva, integradora da comunidade, com o corpo total (canto, instrumento, dança, vestuário, valores/ crenças); (e) desenvolver a educação da linguagem musical- estética da escuta das estruturas características do gênero e da produção das improvisações.



Segue um gostinho do curso em video produzido pela querida Laura Mogadouro Duarte ( fico muito grata!)



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

LAROYE, O QUE HÁ NA SÍNCOPA DO SAMBA?



No início de 2014, nascia o grupo Pastiche, um grupo formado por professores , músicos e pesquisadores vinculados ao GPEF da FEUSP.  O GPEF realiza , há 10 anos, investigações de práticas pedagógicas sob o enfoque dos Estudos Culturais e foucaultianos. 

Como participantes do gpef, tínhamos um sonho: fazer intervenções para além das pesquisas, usar os resultados das pesquisas de um modo mais efetivo na educação. 

E fomos a luta... O Pastiche surgiu com a proposta de falar abertamente sobre os preconceitos, sobre a desigualdade social e apostou na arte e no profundo conhecimento sobre os temas para tocar os corações e gerar mudanças. Essa é nossa forma de contribuição. 

Nosso primeiro projeto é a performance "Laroye, o que há na síncopa do samba?" fala de uma das culturas marginalizadas pela nossa sociedade: a cultura afrodescendente. 

Para construir o roteiro dessa performance, analisamos várias teses, livros , artigos até encontrarmos dois muito especiais , pois eles geraram o rizoma do nosso  projeto. O resto foi brotando dali. ..
Por isso, esse primeiro post é para homenagear Muniz Sodré e seu livro Samba: o dono do corpo e a José Adriano Fenerick com a tese Nem do morro, nem da cidade: as transformações do samba e a indústria cultural. 


Homenageamos aqui então esses dois parentes intelectuais. Há vários outros autores de textos , filmes , músicas e outras linguagens que nos impactaram,  mas esses dois são muito especiais.  Nós tanto nos identificamos com eles, como  foram vozes que fizeram nascer boas ideias e sentimentos para o projeto.  São boas fontes também para você que está interessado nesse tema e tem compromisso com uma vida mais decente para todos. 

Gratidão   a:

Sodré, Muniz. Samba: o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad. 1998/2007

 Fenerick, José Adriano. Nem do morro, nem da cidade: As transformações do samba e a indústria cultural . 1920-1945. Tese de doutorado apresentada à faculdade de filosofia, letras e ciências humanas USP. 2002.

Gratidão também a:

Vianna, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2012

Samba à Paulista . Fragmentos de uma história esquecida. http://www.youtube.com/watch?v=JS7aTo6G8KI

Sandroni, Carlos. Feitiço Decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Zahar. 1997.

E uma homenagem bem especial a Stuart Hall e Michel Foucault, os pais maiores.

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