segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

LAROYE, O QUE HÁ NA SÍNCOPA DO SAMBA?



No início de 2014, nascia o grupo Pastiche, um grupo formado por professores , músicos e pesquisadores vinculados ao GPEF da FEUSP.  O GPEF realiza , há 10 anos, investigações de práticas pedagógicas sob o enfoque dos Estudos Culturais e foucaultianos. 

Como participantes do gpef, tínhamos um sonho: fazer intervenções para além das pesquisas, usar os resultados das pesquisas de um modo mais efetivo na educação. 

E fomos a luta... O Pastiche surgiu com a proposta de falar abertamente sobre os preconceitos, sobre a desigualdade social e apostou na arte e no profundo conhecimento sobre os temas para tocar os corações e gerar mudanças. Essa é nossa forma de contribuição. 

Nosso primeiro projeto é a performance "Laroye, o que há na síncopa do samba?" fala de uma das culturas marginalizadas pela nossa sociedade: a cultura afrodescendente. 

Para construir o roteiro dessa performance, analisamos várias teses, livros , artigos até encontrarmos dois muito especiais , pois eles geraram o rizoma do nosso  projeto. O resto foi brotando dali. ..
Por isso, esse primeiro post é para homenagear Muniz Sodré e seu livro Samba: o dono do corpo e a José Adriano Fenerick com a tese Nem do morro, nem da cidade: as transformações do samba e a indústria cultural. 


Homenageamos aqui então esses dois parentes intelectuais. Há vários outros autores de textos , filmes , músicas e outras linguagens que nos impactaram,  mas esses dois são muito especiais.  Nós tanto nos identificamos com eles, como  foram vozes que fizeram nascer boas ideias e sentimentos para o projeto.  São boas fontes também para você que está interessado nesse tema e tem compromisso com uma vida mais decente para todos. 

Gratidão   a:

Sodré, Muniz. Samba: o dono do corpo. Rio de Janeiro: Mauad. 1998/2007

 Fenerick, José Adriano. Nem do morro, nem da cidade: As transformações do samba e a indústria cultural . 1920-1945. Tese de doutorado apresentada à faculdade de filosofia, letras e ciências humanas USP. 2002.

Gratidão também a:

Vianna, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Zahar, 2012

Samba à Paulista . Fragmentos de uma história esquecida. http://www.youtube.com/watch?v=JS7aTo6G8KI

Sandroni, Carlos. Feitiço Decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-1933). Rio de Janeiro: Zahar. 1997.

E uma homenagem bem especial a Stuart Hall e Michel Foucault, os pais maiores.

Saiba mais em www.grupopastiche.com


2 comentários:

  1. Grupo Maravilhosooo, gerando sempre vários tipos de movimentos o pastiche faz com que aqueles e aquelas que assistam o seu show, fiquem desfamiliarizados e desestabilizados com as questões abordadas ótima escolha de repertorio que proporciona uma grande emoção em ouvi-las, de outra maneira penso que trazem novas possibilidades arrancando raízes do samba e destruindo a marteladas certos discursos a respeito do negro e do samba, sambando e problematizando em um ritual agradável e emocionante é assim que é curtir o show desses encantadores... obrigado e VIVA A VIDA.... um desejo da continuidade esta sempre em vocês junto de muitos movimentos de ir e vir .

    Grande abraço Felipe Quaresma

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  2. Nossa, mas que coisa mais linda!!! Agradecemos de coração pelas palavras tão intensas e afetuosas. Para nós isso é força para seguir com garra e adiante. Que bom que temos leitores de discurso como você que conseguem ler tanto e tão pouco. MUuuuuuuuito obrigados.

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